02 agosto, 2018

Linus De Paoli - Coluna 02: Mikkeller Beer Celebration Copenhagen 2018


Continuando a saga da primeira coluna (leia mais aqui), fomos a Copenhagen visitar a cidade e aproveitar para conhecer o MBCC, Mikkeller Beer Celebration Copenhagen, a meca dos beer geeks, beer hipsters, beer influencers e afins.
Quando fiquei sabendo que tínhamos programado ir a Copenhagen no mesmo final de semana do MBCC, fui correndo procurar ingressos. Foi aí que tive o primeiro choque, os ingressos são caros (500DK por sessão individual, 1875DK para as 4 sessões ou 2600DK para acesso antecipado as 4 sessões e uma 5a sessão exclusiva, 1EUR = 7,44DK = 4,32BRL no momento que escrevo isso), acima da média de festivais nos mesmos moldes. E a maioria das sessões individuais já estava sold out (esgotado), logo comprei dois ingressos para a primeira sessão na sexta-feira de manhã. O ingresso dá direito a um copo de degustação de 50ml e quantas cervejas conseguir consumir nas 4 horas de cada sessão.


As cervejarias participantes são escolhidas e convidadas pela Mikkeller e diria que em sua maioria são americanas, mais cervejarias europeias também participam. Muita cerveja boa foi servida na sessão que participamos, claro que algumas com mais fila do que outras. Se dá para traçar uma tendência no que foi oferecido, eram sours ou cervejas envelhecidas em barril de madeira ou com algum ingrediente diferente. Pouquíssimas IPA ou NE IPAs presentes. Das que tomamos, a preferida foi a CocoNUTZ Kake Bourbon BA da Lervig. Fabulosa Imperial Stout com muito sabor e aroma de coco.

Encontramos por lá o Victor Marinho (Dádiva) - colega da Acerva Paulista e o Phillip Hulgaard da cervejaria Aaben (foto abaixo), que conheci durante um seminário de off flavors no VLB em Berlim.


Foi bom saber que a cervejaria do Philip e do Johannes (sócio dele) está crescendo tanto que já estão pensando em aumentar o equipamento e começar a engarrafar.


Muita conversa boa sobre o que está acontecendo no mercado brasileiro com o Victor e lembranças do Festival das Acervas de 2012 em Piracicaba. Além deles, encontramos vários brasileiros visitando o festival o que foi uma surpresa para mim.

Sobre Copenhagen
Em paralelo acontecem vários eventos na cidade, lançamentos, tap takeover, etc, tudo com custo adicional. Outro ponto que deve ser considerado é que não se trata de uma cidade barata para os padrões europeus (hotel, comida, etc., ex.: uma cerveja em um bar custa o equivalente a 8EU por 300-500ml).

Resumo dos festivais
No geral, foram 3 festivais bem diferentes. O Gueuze & Kriek Festival é o mais grassroots de todos, mais simples em infraestrutura e portanto bem descontraído também, mas difícil de conversar com as cervejarias e o custo é um pouco alto dependendo de quantas cervejas diferentes estiver disposto a experimentar (ou vá em um grupo grande de amigos e faça um mega bottle share). O MBCC tem muita cervejaria boa servindo muito Unicórnio Branco (cervejas raras), que você dificilmente vai achar em outros lugares, mas pelo alto custo para mim não vale a pena. O meu preferido foi o Leuven Innovation Beer Festival, por ser um ambiente mais descontraído, mais fácil de escolher qual cerveja experimentar, com mais tempo para conversar com as cervejarias, com os outros participantes. Tudo isso em um local agradável e com um ótimo custo benefício. Talvez o único ponto negativo seja a pouca oferta de comida no local do evento.

Leia as demais colunas do Linus De Paoli.
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