21 maio, 2019

Mari Ramos - Coluna 02: Brewdog Overworks e entrevista com o cellarmaster e headbrew Richard Kilcullen


O Brewdog Overworks surgiu do desejo da Brewdog em produzir sours e wild ales, em abril de 2018, devido ao grande interesse do público em relação a cervejas ácidas e frutadas. Para isso, foi construída a unidade independente batizada de OW, comandada pelo mestre das fermentações Richard Kilcullen, que participou direta e ativamente desse projeto desde o início.


Estrategicamente posicionado ao lado da primeira cervejaria da marca em Ellon, na Escócia, o Overworks conta com um taproom projetado em um mezanino com vista para a própria instalação de produção, onde é possível admirar todos os foudres italianos e barris espanhóis de Rioja onde são armazenados os projetos que utilizam leveduras selvagens e flora alternativa. O programa de fermentação mista no OW gira em torno da madeira, no taproom até as torneiras do bar são feitas de aduelas de barris reciclados pela empresa Wood Recyclability em Pitmedden, a poucos quilômetros de distância no Sudoeste de Ellon.


Conversei com o Richard (foto acima) durante o lançamento da nova linha de sours e wild ales que ele desenvolveu para a Brewdog, em um dos pubs da marca, enquanto apreciávamos as suas criações e discutíamos muito sobre o mundo da cerveja. O Richard, que é natural da Carolina do Norte, respondeu algumas perguntinhas aqui para a galera do All Beers.
Acompanhe abaixo a entrevista em duas versões, português e inglês.

Richard, Do Bongers (Fierce Beer) e Mari Ramos

[Mari]:
Então, eu tenho algumas perguntas para te fazer, Richard. Vamos começar antes que todo mundo fique muito alcoolizado [risos].
Como começou a tua carreira no ramo da cerveja?
[Mari]:  So, I have a couple of questions to ask you Richard. Let’s get started before we all get too drunk [both laugh].
How did your brewing career begin?
[Richard]: Eu estava trabalhando em uma cervejaria pequena na Carolina do Norte e permaneci lá por 4 anos antes de mudar para outra cervejaria onde eu me tornei cervejeiro assistente. Depois disso, fui para a Wicked Weed Brewing, onde eu fiquei por alguns anos. Na Wicked Weed Brewing eu rapidamente subi de posição e em menos de 1 ano eu estava gerenciando o maior programa de produção de Sours nos Estados Unidos. Eu conheci o James Watt (fundador da Brewdog) na cervejaria Wicked Weed lá nos Estados Unidos, eu mostrei a cervejaria para ele e ele ficou muito entusiasmado sobre o meu projeto. Nós mantivemos contado desde então.
[Richard]: I was working in a small brewery in North Carolina and I stayed there for 4 year before I moved to another brewery where I became a brewer assistant. After that, I moved to Wicked Weed Brewing where I stayed for a few more years. At wicked weed, I climbed up the ladder quickly and soon I was managing the biggest Sour program in the USA, within a year. I met James Watt (Brewdog founder) at Wicked Weed Brewery in the USA, I showed him around the brewery and he got really enthusiastic about the project. We kept in touch since.


[Mari]: Sim, isso apenas reforça a teoria de que o que for pra ser, será! Falando sobre cerveja artesanal, onde você vê o futuro da cerveja artesanal? [Mari]: Yes, it only reinforces the theory that if it’s meant to be, it’ll be! Speaking about craft beer, where do you see the future of craft beer?
[Richard]: Eu acho que o futuro da cerveja artesanal é um retorno de onde nós começamos, ir de volta as origens. A procura por ingredientes locais, uma conexão mais próxima entre os cervejeiros e os apreciadores de cerveja! [Richard]: I think the future of craft beer is a return of where we started, going back to the origins. Looking for local ingredients, a closer connection between the brewers and the beer drinkers!


[Mari]: Para você, qual é a coisa mais satisfatória sobre cerveja artesanal?
[Mari]:
For you, what’s the most satisfying thing about Craft beer?
[Richard]:
Beber! [risos]. Experimentar algo que de princípio você achou horrível, então experimentar de novo após algum tempo e amar! [mais risos].
[Richard]: Drinking it! [laughs]. Tasting something you thought was awful at the first moment, then tasting it again after some time and loving it! [more laughter].
[Mari]:
O que você pensa sobre a cena cervejeira Escocesa?
[Mari]: What do you think about the Scottish craft beer scene?
[Richard]: Os Escoceses apenas fazem com que as coisas aconteçam! Não existe hesitação, aqui existe um monte de ingredientes e variedades para se fazer coisas novas!
[Richard]: Scottish people just make things happen! There’s no hesitation, there are loads of ingredients and varieties to make new stuff!


[Mari]: Para finalizar, para você, qual o motivo pelo qual as cervejas ácidas caíram no gosto popular? Qual a missão do Brewdog Overworks?
[Mari]: We are approaching the end of our interview, so for you, what’s the reason for people being in love with sour beer? What is the Brewdog Overworks mission?
[Richard]: As cervejas ácidas são uma espécie de progressão natural do gosto das pessoas. Hoje em dia as pessoas estão mais interessadas sobre como as coisas são feitas e todo o processo! No Brewdog Overworks nós queremos trazer as cervejas ácidas para uma audiência mundial e quebrar superstições fazendo cervejas que possam ser apreciadas por todo mundo!
[Richard]: Sour beers are kind of a natural progression of people’s taste. Nowadays people are more interested about how things are made and the whole process! At the Brewdog Overworks we wanna bring sour beer to the world audience and break superstitions by making beer that can be enjoyed by everyone!

Richard, Mari e Do Bongers

[Mari]:
Em nome da equipe All Beers, obrigado Richard Kilcullen!
[Mari]: In the behalf of the All Beers team, thank you Richard Kilcullen! [Richard]: Cheers!!

Leia as outras colunas da Mari Ramos
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...