
"Please, people! Para a calçada!" Com ordens nessa linha, o primeiro "pub crawl" da cidade tem atraído cerca de 50 turistas brasileiros e (principalmente) estrangeiros em cada excursão por bares e baladas da Vila Madalena, na zona oeste, e do Baixo Augusta, no centro.
A atração é comum na Europa, nos EUA e na Argentina. O "crawl" (rastejar, em inglês), diz a que o serviço se propõe: beber de bar em bar até sair rastejando.
Em São Paulo, o serviço começou em janeiro. A divulgação é feita em hostels e nas redes sociais. Os turistas dizem escolher o passeio para conhecer mais de um lugar nas primeiras noites da cidade para, depois, voltarem aos que gostaram mais.
"Vamos ficar três noites em São Paulo. Com o 'pub crawl', poderíamos conhecer um número maior de bares", conta a norueguesa Tuva Emilie Roskar, 20, que faz um mochilão na América do Sul com uma amiga antes de começar a faculdade.
Mas não há só mochileiros entre os gringos. Na sexta-feira, na Vila Madalena, era possível conversar com dez estudantes americanos, quatro cineastas franceses que fazem um documentário sobre telenovelas e três engenheiros coreanos que ficarão três anos por aqui, além de seis mochileiros belgas e as duas norueguesas.

A promotora de eventos Juliana Fantini Moreira, 24, é um exemplo. O "pub crawl" da sexta foi seu terceiro. "Estive na Europa e fazia 'pub crawl' lá. Quando voltei, fiquei sabendo que estava começando por aqui e quis participar. É muito legal para conhecer pessoas novas", diz.
Há cerca de 20 bares e baladas na lista de locais visitados pelo grupo. Os passeios ocorrem em dois finais de semana por mês. A empresa que oferece o serviço quer fazer passeios em todos os fins de semana até julho.
Alguns roteiros, como o da última sexta, incluem uma viagem de cerca de uma hora dentro de um ônibus de dois andares, estilo londrino, que serve cervejas de graça.
O serviço custa de R$ 50 (com reserva) a R$ 60. Mais informações sobre o serviço podem ser obtidas no site.