Coluna Internacional: Bélgica - Westvleteren

Na última semana de maio, tive a oportunidade de ir até a Bélgica na companhia de uma amiga. Como estava com muita vontade de visitar os mosteiros trapistas, aproveitei e fui a Westvleteren e Rochefort e também na Abadia de Maredsous, além de uma breve passada por Bruxelas, no Café Delirium. 

O planejamento foi de última hora e, quando cheguei ao país, ainda descobri que teria um feriado pela frente, o que atrapalhou um bocado. Pegamos o carro no aeroporto de Charleroi e fomos rumo à Abadia de Saint Sixtus, na cidade de Vleteren, que ficava a 130 quilômetros do local, com ajuda de GPS.

A vila fica bem escondida, não existe sinalização, e acredito que seja impossível chegar lá sem o localizador. Era hora do almoço e fomos direto ao In De Vrede (foto abaixo), que é o restaurante ao lado da Abadia que faz a venda ao público dessas maravilhas. Acredito que no mesmo dia havia algum encontro ciclístico no local e várias pessoas estavam se refrescando com as cervejas dos monges por lá. 

Começamos com a Blond Ale, a qual foi acompanhada de um sanduíche em que o frango estava numa espécie de gelatina preparada com a Blond Ale (foto autoexplicativa). Inusitado, porém, nada surpreendente no sabor; talvez na textura, para quem nunca provou algo do gênero.

O cardápio conta com outros sanduíches, alguns com queijos fabricados pelos monges, além de café e doces.

Depois de provar a West 8, Belgian Strong Ale, deixei a West 12 (Quadruppel ou Belgian Strong Ale?) para o final. Premiada como a melhor cerveja do mundo, em 2005, pelo RateBeer.com e mantendo-se entre as mais bem avaliadas entre apreciadores e profissionais, foi por conta dela que monastério virou alvo de peregrinação.

Com um calor de quase 30 graus, não resisti a pedir um sorvete de baunilha e harmonizá-lo com a cerveja, o que ao meu paladar agradou muito. Não sou beer sommelier e não fui até lá para avaliar de acordo com alguma ficha de degustação, mas sim como apreciadora, e posso dizer a bebida honra a fama com louvor. Mesmo com teor alcoólico elevado, ela se mostrou muito equilibrada e agrada facilmente ao paladar, mesmo daqueles que não estão acostumados.

No final, tentei conseguir algumas garrafas na loja dentro do In De Vrede, mas não havia um só exemplar no dia. Quando chegamos avistei algumas pessoas saindo com garrafas, mas não fomos rápidas o bastante para conseguirmos as nossas.

Como os monges venderam vários kits pela Europa por conta da reforma do mosteiro, ainda irei adquirir um aqui em Dublin mesmo, mas claro, num valor um pouco elevado.

Coluna Internacional: Visita a Londres e ao 4º melhor pub do mundo

 

Na curta viagem que fiz a capital britânica, resolvi incluir no roteiro turístico o pub Craft Beer Co, considerado pelo Ratebeer o 4º melhor pub do mundo.

Entre a passada pela Catedral de São Paulo e o retorno até Piccadilly Circus, na Leather Lane street, número 82, está localizado o pub conhecido pelas suas 37 torneiras de cerveja.  

Inaugurado em junho de 2011 o empreendimento tem como foco a cerveja artesanal de qualidade. A variedade é imensa, desde pequenas produções locais até famosas cervejarias do mundo, como a alemã Rothaus, e com 250 cervejas é possível dar a volta ao mundo degustando o cardápio.

O espaço é agradável, com uma decoração clássica, mas diferente dos pubs locais, pois é muito bem iluminado, tanto pela luz natural quanto pelos grandes lustres no salão.  

Comecei com uma Spring Wheat, da cervejaria inglesa Kent Brewery, com 4,8% de graduação alcoólica. Segundo o site da marca, é fabricada com porções iguais de trigo e cevada e o lúpulo, proveniente da Alemanha, é adicionado no final, o que a deixa extremamente aromática.

Perdida dentre tantas torneiras, o bartender e também cervejeiro caseiro, David, me apresentou a PUJA (6,8%), uma India Pale Ale com adição de Jasmin produzida pela Thornbridge, também local.

Passei então para outra IPA, agora com muito mais lúpulo e álcool, da cervejaria Magic Rock Brewing, chamada Cannonball (7,5%). Destaque para os rótulos da marca que possuem desenhos no estilo psicodélico e trabalham com uma cor só em cada estilo.

Para fechar, fiquei com a dinamarquesa It’s Alive da Mikkeller, uma Belgian Stong Ale, que de acordo com os produtores é um tributo à trapista Orval, da Bélgica. De fato, a cerveja tem uma drinkability muito boa.

Para quem está acostumado a petiscar enquanto bebe, irá se decepcionar com o local, que não possui uma cozinha própria, que também é um tanto comum nos pubs em Dublin. Mas aos amantes da boa cerveja que estiverem de passagem por Londres, visita obrigatória.

Veja mais fotos aqui.

Craft Beer Co 82,
Leather Lane, London.
Underground: Chancery Lane station.

Veja o vídeo do Irish Craft Beer Festival

 Leia a coluna aqui

Veja o vídeo da Irish Craft Beer Festival:

Coluna Internacional: Irish Craft Beer Festival 2012

Durante os 5 dias do festival mais de 10 mil pessoas puderam experimentar diversas cervejas artesanais ofertadas pelas cervejarias O’Hara’s Brewery, White Gypsy, Eight Degrees, Metalman, Dungarvan Brewing Company, Porterhouse, Hilden, Galway Hooker, Dingle Brewing Company, Trouble Brewing, Messrs Maguire e Franciscan Well.

Segundo Seamus O’Hara, um dos fundadores do evento “as cervejas artesanais na Irlanda estão tornando-se cada vez mais populares e um exemplo disso foi o fato de algumas cervejas acabarem minutos depois de terem sido plugadas nas torneiras”.
A cervejaria O’Hara também trouxe sua Beer X, que foi nomeada por meio de um concurso cultural realizado durante a festa.
Perfect Storm foi o nome escolhido para a dark IPA.


Em comparação com os festivais que participei no Brasil o Irish Craf Beer Festival é um evento de médio a pequeno porte.
As cervejas apresentaram um ótimo padrão de qualidade, apesar de algumas terem pecado por falta de aroma, como a Or Golden Ale da Trouble Brewing. Outro fato que chamou atenção é a valorização do uso de ingredientes locais, que foi destaque da cerveja Emerald, da White Gypsy, que utiliza lúpulo 100% irish.

Em setembro ocorrerá uma segunda edição do evento, que segundo a organização será maior e será realizado no Phoenix Park, em Dublin, considerado o maior parque da Europa.

Nós beer lovers aguardaremos ansiosos.

Coluna Internacional: O mundo todo é irlandês por um dia

A capital mundial do St. Patrick’s Day levou cerca de 500 mil pessoas para as ruas de Dublin, segundo jornal local Irish Times. Unidos pela cor verde e chapéus típicos de Leprechaun, pessoas das mais diversas nacionalidades tornaram-se irlandeses por um dia e acompanharam o desfile no centro da cidade, uma mistura de carnaval com 7 de setembro.

A temática foi baseada em questões da ciência, pois 2012 é o ano da ciência na capital da Irlanda. Alegorias representando a eletricidade, o fundo do oceano e a formação do arco-íris intercalavam-se com as bandas marciais de vários países, dentre eles EUA e Rússia.

Depois de duas horas a parada chegou ao fim e a festa continua nos pubs, mais precisamente na região mais famosa da cidade: Temple Bar. As ruas estreitas são invadidas pelos turistas, e, apesar de ser proibido o consumo de bebida fora dos bares a polícia fez vistas grossas. Afinal é o dia mais irlandês do calendário, e também de maior movimento turístico, e por isso todos procuram ser extremamente amigáveis.

Mas mesmo com o clima de festival, o que contagia a todos, passar o dia pelas ruas da terra de St. Patrick requer muito bom humor e paciência. Os pubs centrais lotam rapidamente e conseguir uma boa cerveja é quase um desafio. Outro detalhe: pelos bares que passei, e segundo alguns amigos, não constatei a presença do famoso chopp verde, comumente servido nas celebrações em outros locais. Por aqui o verde aparece em tudo, mas no pint a preferência continua sendo a mesma, Guinness.

Estreia: Coluna cervejeira internacional direto da Europa com Nadya Romanowski

Dando início as comemorações do St Patrick’s Day em Dublin, terá início hoje o Irish Craft Beer Festival, que reunirá os principais produtores de cervejas artesanais da Irlanda. O evento é organizado pela Beoir, uma associação formada por cervejeiros locais e também apreciadores, que tem por intuito patrocinar e difundir a cultura cervejeira por aqui. Serão 13 participantes entre micro-cervejarias, brewpubs e homebrewers , com 25 cervejas na torneira que poderão ser degustadas pelo público devidamente acompanhadas por comidas típicas.

Além das cervejas, a Beoir irá promover palestras para os associados cujo título é “Brewing Since the Time of St. Patrick”, que numa tradução literal seria “Fazendo Cerveja desde os Tempos de St. Patrick”. Programação musical e diversão para as crianças também farão parte dessa festa que vai até o dia 19 de março.

Agora deixem eu me apresentar: Meu nome é Nadya Romanowski e a partir de hoje vou contribuir para o All Beers falando um pouco sobre a cultura cervejeira aqui em Dublin, na Irlanda, além de alguns lugares pela Europa. Sou jornalista por formação, amante de boas cervejas e apaixonada pelo que a Europa tem de melhor: cultura e cerveja.

Cheers!

Colunista: Fernanda Fregonesi

Fernanda Fregonesi vai contar tudo que acontece no meio cervejeiro de Curitiba/PR e de outros estados brasileiros.

Coluna 01 - Psycho Carnival 2013

Coluna: Edson Carvalho

Acompanhe as colunas de Edson Carvalho e conheça a cultura cervejeira do Brasil e de outros países

Coluna 01 - Kuala Lumpur - Malásia
Coluna 02 - Cingapura
Coluna 03 - Laos

Colunas: Nadya Romanowski

Leia e acompanhe todas as colunas de Nadya Romanowski.

Jornalista por formação, amante de boas cervejas e apaixonada cultura e cerveja.


Coluna 06 - Bélgica - Westvleteren
Coluna 05 - Visita a Londres e ao 4º melhor pub do mundo
Coluna 04 - O mundo todo é irlandês por um dia
Coluna 03 - Veja o vídeo do Irish Beer Festival
Coluna 02 - Irish Craft Beer Festival 2012
Coluna 01 - Coluna cervejeira internacional direto da Europa