Cervejarias promovem Anti-Reinheitsgebot no aniversário de 500 da lei

Em 23 de abril de 1516, o duque da Bavaria promulgou a Reinheitsgebot, ou Lei da Pureza Alemã, limitando os ingredientes da cerveja a malte de cevada, lúpulo e água, focada no controle tributário e comercial. Hoje, ela é colocada como referência de qualidade da cerveja, o que em nada tem a ver com o histórico e o texto da lei. Focado na liberdade criativa, o cervejeiro da Freigeist, Sebastian Sauer, convocou seus amigos de todo o mundo. A resposta brasileira foi a criação do Dia da Cerveja Impura.

No dia 23 de Abril, data em que a Lei de Pureza Alemã completa 500 anos a 2cabeças, Morada Cia Etílica, Maltes Catarinense e Freigeist Bierkultur proclamam o Dia da Cerveja Impura, anunciando diversos eventos espalhados pelo Brasil, incluindo o lançamento de uma cerveja (cerveja?) inédita. Batizada de Bizarro, a bebida fermentada não leva água, malte de cevada nem lúpulo.

"Sempre buscamos usar os ingredientes que imaginamos fazer a cerveja ficar melhor. Não faz sentido valorizar e se prender a uma diretriz que nunca se destinou a preservar a qualidade. O próprio Sebastian relata a dificuldade que é para o alemão aceitar estas inovações, o que é uma luta diária dele por lá", afirma Bernardo Couto, da 2cabeças.

Rótulo da Bizarro
A anti-cerveja da 2cabeças, Morada Cia Etílica, Maltes Catarinense e Freigeist Bierkultur

A Bizarro é uma anti-cerveja, desenvolvida para contestar os limites, com ingredientes como chimarão, água de coco e sidra de maçã no lugar da água. O malte de cevada foi totalmente substituído por malte de arroz e malte de aveia, especialmente desenvolvidos para este projeto pela Maltes Catarinense. O lúpulo não entra na receita, que conta com losna, semente de coentro, zimbro e erva mate torrada. Uma bela adição de mel para provocar e para finalizar, apenas leveduras selvagens: French Saison e Brettanomyces.

"O processo criativo para chegar a esta anti-cerveja foi muito divertido. Entendemos que era o momento de nos posicionarmos a favor da liberdade acima de tudo. Nos dias de hoje a cerveja está mais viva, jovem e ousada do que nunca. Precisamos contribuir para que ela continue evoluindo",  celebra André Junqueira, da Morada Cia Etílica.

A anti-cerveja será lançada no dia 23 de Abril, em diversos eventos pelo Brasil. Já estão confirmadas ações em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. Os eventos serão divulgados na página: https://www.facebook.com/diadacervejaimpura/

The Monarchy: Representante da nova escola alemã de cervejas chega no Brasil com dois rótulos

A The Monarchy é integrante do projeto experimental de Sebastian Sauer,  mesmo proprietário da cervejaria Freigeist.
Dois rótulos chegaram no Brasil via importadora WBeer, são eles:

The Monarchy Methusalem
É uma recriação do histórico estilo Adambier, um estilo de cerveja tradicional da cidade de Dortmund que desapareceu em 1960. É uma cerveja forte e levemente ácida, com notas defumadas e que apesar dos seus 10% de teor alcoólico é extremamente equilibrada.

The Monarchy Preussen Weisse
A Preußen Weiße (Weissbier prussiana) é produzida a partir de uma receita de 1831 e começa a conquistar com seu nariz voluptuoso, onde podemos sentir leve dulçor, com o gengibre presente, caramelo, leve salgado e também as tradicionais sensações de uma cerveja de trigo alemã.

Raphael Rodrigues (All Beers) e Sebastian Sauer (The Monarchy/Freigeist)

O All Beers participou de uma degustação orientada com Sebastian Sauer em março de 2015, na ocasião degustamos a The Monarchy Methusalem e a Methusalem Johannisburger, leia mais aqui.

Veja a entrevista abaixo que o All Beers fez com Sebastian em sua passagem pelo Brasil:


Entrevista com Sebastian Sauer - Freigeist BierKultur from All Beers on Vimeo.

Degustação: Freigeist Pimock e Hoppeditz (Alemanha)

Degustação de dois rótulos da cervejaria cigana alemã, Freigeist, que  chega no Brasil via WBeer.
Os rótulos degustados foram: Pimock (Wheat com levedura de Kölsch| 5,3% ABV) e a Hoppeditz (Doppelsticke Alt | 7,5% ABV).

Freigeist Pimock
Caramelo no visual, turva, cremosa, espuma clara de boa formação e duração.
No aroma, frutas amarelas e a laranja está em evidência, muito aromática! No paladar, corpo leve, caramelo, mel, lembra um doce fino de laranja na boca, frutada, bem executada e ótima drinkability.
Muito boa!

Freigeist Hoppeditz
Escura no visual, creme bege de boa formação e duração, bonita no copo!
No aroma, floral, caramelo e café. No paladar, corpo leve, álcool bem inserido, frutas secas e um leve tostado. Uma cerveja equilibrada, com boa drinkability, tímido aquecimento na boca e com aftertaste de café. Boa!

Em sua passagem pelo Brasil o All Beers foi entrevistar Sebastian Sauer, proprietário da Freigeist BierKultur:


Entrevista com Sebastian Sauer - Freigeist BierKultur from All Beers on Vimeo.

Vídeo: All Beers conversa com Sebastian Sauer - Freigeist BierKultur (Alemanha)

O All Beers conversou com o cervejeiro alemão, Sebastian Sauer, proprietário das cervejarias ciganas Freigeist BierKultur e The Monarchy. Entre os assuntos abordados, nova cena cervejeira alemã, The Monarchy e cervejas colaborativas com 2Cabeças e Abadessa.

As cervejas da Freigeist chegaram no Brasil recentemente pela WBeer e a entrevista aconteceu depois de uma degustação orientada em São Paulo com Sebastian, Diego Cartier (Beer Hunter da WBeer) e André Santiago, no Brewdog Bar São Paulo.
Na ocasião, foram degustados rótulos das duas cervejarias de Sebastian, a Freigeist e Monarchy, leia mais aqui.

Raphael Rodrigues (All Beers) e Sebastian Sauer (Freigeist)

O discurso de que a Alemanha não é uma escola criativa em suas receitas está ultrapassado, Sebastian é a prova disso, faz parte de uma nova cena que está crescendo muito e sorte daqueles que estão abertos para isso.

Obrigado Brewdog Bar São Paulo e Diego Cartier pelo convite!


Entrevista com Sebastian Sauer - Freigeist BierKultur from All Beers on Vimeo.

2cabeças e Freigeist lançam Stout com Pitanga e Flor de Sal

Nova cerveja colabrativa chega nos pontos de venda, dessa vez a brasileira 2Cabeças e a alemã Freigeist se juntaram para lançar uma stout com Pitanga e Flor de Sal.
A Rio de Colônia tem 6% de teor alcoólico, 50 IBUs (Unidade de Amargor) e usou uma técnica alemã para adição do sal na cerveja.

A cerveja foi produzida durante a visita do cervejeiro da Freigeist ao Brasil, no último mês. Sebastian Sauer é um apaixonado por frutas brasileiras.

"Conversamos muito até chegar nesta ideia final. Existem muitas Stouts com outras frutas vermelhas, como framboesa e cereja. E por que não usar uma tão típica nossa, a pitanga? Toda vez que bebo lembro da pitangueira que tinha no quintal da antiga casa de praia dos meus avós, especialistas em caipirinhas de pitanga", relembra Bernardo Couto, da 2cabeças.

Sebastian (Freigeist), Rodrigo (Invicta), Maíra e Bernardo (2Cabeças)

"Achei o resultado interessante demais, com o sal dando um toque especial, criando quase uma necessidade de beber mais um gole, mais um gole", ressalta Maíra Kimura, cervejeira da 2cabeças.
 
O lançamento oficial da cerveja será no próximo dia 21/05, no Lupulino, em Botafogo, Rio de Janeiro.

A 2Cabeças/Freigeist Rio de Colônia é uma edição sazonal, uma das muitas parcerias previstas para o ano de 2015 pela 2cabeças.
A segunda cerveja desta série colaborativa com a Freigeist já foi produzida na Alemanha, e se chamará Eau de Janeiro. Será uma Gose com manga, semente de coentro e abeto, mas ainda não tem previsão de lançamento no Brasil. Leia mais aqui.

Degustação: Freigeist Bierkultur e The Monarchy (Alemanha)

Como anunciamos aqui no All Beers, a cervejaria alemã Freigeist Bierkultur chegou no Brasil via importadora Wbeer.

Na última semana, Sebastian Sauer, proprietário da Freigeist esteve no Brewdog Bar São Paulo para uma degustação orientada com a imprensa e o All Beers estava lá para registrar tudo.

"Não parece que estamos bebendo cervejas alemãs", alguém na mesa comentou.
Exatamente isso, a nova escola alemã de cervejas pega toda a cultura cervejeira germânica e adiciona criatividade nela, isso é a Freigeist.

Sebastian Sauer (Freigeist), Diego Cartier (HNB/Wine) e André Santiago (Brewdog Bar SP)

Foram quatro rótulos degustados da Freigeist e dois da The Monarchy, outra cervejaria do Sebastian.

Freigeist Pimock
Uma Hefeweizen com 5,3% de teor alcoólico e que usa levedura de Kölsch.
Caramelo na cor, creme claro, corpo leve, especiarias e leve adocicado que permanece no aftertaste. Boa drinkability.

Freigeist Geisterzug Gose
Uma Gose com 5,2% de teor alcoólico e que leva galhos de Pinho em sua receita.
Amarela clara na coloração, muito temperada, salgada, acidez presente e corpo médio. Muito boa, uma das melhores da noite!

Freigeist Abraxxxas
Uma Smoked Sour com 6% de teor alcoólico.
A combinação perfeita entre acidez e defumado! Corpo leve, maça, o defumado aparece no aroma e na boca, mas nada muito extremo, fácil de beber. Muito boa!

Freigeist Salzspeicher
Uma Cherry Sour Porter com 6% de teor alcoólico.
Escura no visual, corpo leve, seca, frutada e novamente, muito fácil de beber. Equilibrada e que desperta a vontade do próximo gole!

The Monarchy Methusalem
Uma típica Dortmunder Altbier, também conhecida como Adambier, com 10% de teor alcoólico.
Corpo médio, álcool muito bem inserido, leve defumado, acidez mediana e final levemente adocicado. Um leve aquecimento na garganta é perceptível. Boa!

The Monarchy Methusalem Johannisburger
Uma fruit beer com a mesma base da Methusalem mas com adição de suco de groselha vermelha e preta.
Frutada, seca, mais ácida que a versão degustada anteriormente, muito boa!

Resumindo, todas cervejas muito bem executadas, diferentes e bem equilibradas. A nova escola alemã de cervejas é muito interessante e merece ser degustada! Que venham todos os rótulos da Freigeist e The Monarchy para o Brasil!