17 outubro, 2016

Rio de Janeiro se transformou na capital das cervejas durante o Mondial de la Bière 2016


O Mondial de la Bière 2016 encerrou sua quarta edição neste domingo, 16, com sucesso de público. 48 mil pessoas passaram pelos três armazéns do Pier Mauá durante os cinco dias de festival. A organização comemora o crescimento de público e de área, em relação aos anos anteriores. “O Mondial de la Bière entrou definitivamente para o calendário oficial do Rio de Janeiro e já estamos pensando em 2017”, conclui Luana Cloper, gerente de negócios da Fagga | GL events Exhibitions.

A edição de 2016 bateu recorde de cervejarias participantes. Foram 135 expositores e mais de mil rótulos, nacionais e internacionais. Entre os destaques deste ano, as cervejas envelhecidas em barris. Essa prática, antiga e tradicional na Bélgica, virou moda nos Estados Unidos e agora está se tornando cada vez mais comum no Brasil. As cervejas brasileiras envasadas em latas, que diminuem o risco de oxidação e aumentam o tempo de vida da bebida, também se destacaram. A nova embalagem também facilita o manuseio tanto para quem vende quanto para quem compra.


Este ano, a votação das melhores cervejas do Mondial pelo público, será diferente. Os visitantes terão uma semana para escolher seus rótulos preferidos. O voto será online e o resultado revelado através das redes sociais. Já o MBeer Contest elegeu os 14 melhores rótulos, selecionados por um júri de peso, com nomes brasileiros e internacionais, através de degustação às cegas. Foram 13 medalhas de ouro e uma de platina.

A cervejaria Backer levou a medalha de platina, com a Bravo, uma Imperial Porter. As medalhas de ouro foram para as cervejas:

- Noi Cioccolato da Cervejaria Noi;
- Hopi da Cervejaria Mistura Clássica;
- Wäls Niobium da Wäls;
- Hazy da Cervejaria OverHop;
- Wäls Cuvée Carneiro da Wäls;
- Pazion da Zalaz;
- DarkHop da Cervejaria OverHop;
- Cacau Wee da Bodebrown;
- #TBT da 3 Cariocas;
- Wäls Dubbel da Wäls;
- India White Ale da Three Monkeys;
- Canudos da Motim;
- Mafia New York da Cervejaria Serra Verde Imperial.

O júri foi composto pelos brasileiros Gabriel Di Martino (mestre cervejeiro), Daniel Martins (sommelier de cerveja), José Honorato (sommelier de cervejas), Pedro Barcellos Teixeira (sommelier de cervejas), Daniel Wolff (sommelier de cerveja) e Douglas Mendes Merlo (sommelier de cervejas), pelo canadense Alex Ganivet-Boileau (mestre cervejeiro), pelo americano Neill Acer (mestre cervejeiro), pelo italiano Simonmattia Riva (sommelier de cerveja) e pela francesa Élisabeth Pierre (cervejeira especialista independente).


A grande atração desta edição foi o Bohemia Master Class, que aconteceu pela primeira vez aqui no Rio paralelamente ao evento no Hotel Vila Galé, na Lapa. Alguns dos melhores especialistas do mercado cervejeiro falaram sobre suas experiências e compartilharam conhecimentos. O canadense Alex Ganivet-Boileau (mestre cervejeiro), que também foi jurado do MBeer Contest, falou sobre “Técnicas de envelhecimento em barris” e “Como ser único no mercado”. Já o americano Neill Acer (mestre cervejeiro e jurado do MBeer Contest) abordou os temas “Além da Preparação Tradicional de Cerveja” e “Treinamento sensorial cervejeiro”. Marcelo Carneiro (Fundador da Cervejaria Colorado) comentou sobre a Escola Brasileira de Cerveja e “Quando teremos estilos brasileiros no BJCP” (Beer Judge Certification Program). Ao final das palestras, as turmas se reuniram para um debate mediado pela mestre cervejeira Cilene Saorin e, em seguida, confraternizaram em um almoço harmonizado e happy hour com degustação comandados por Beatriz Ruiz, sommelière e mestre em estilos de cerveja.


Palestrantes do Bohemia Master Class
O prefeito da cidade Eduardo Paes marcou presença no festival e conheceu as tendências do setor. Eduardo Paes visitou estandes, conversou com expositores, experimentou algumas doses de cervejas e posou para fotos com o público animado do evento.  Para o prefeito, o Mondial de la Bière não poderia acontecer em lugar melhor: “O Mondial de la Bière já é uma tradição no Rio de Janeiro e acontece na Região Portuária, que este ano representa a renovação da cidade. O festival acontecendo no Pier Mauá, agora revitalizado, valoriza o que o Rio tem de melhor: a criatividade, o encontro de pessoas e a boa cerveja” – comemorou.
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