04 junho, 2014

Fernanda Meybom: Espace Chimay – um retiro gastronômico, cervejeiro e cultural – Parte 2


Na literatura mundial, quando o tema é cerveja, a Chimay tem presença garantida em quase todos os livros sobre o assunto. Não fugindo a regra, está também  no Mesa do Mestre-cervejeiro do Garret Oliver. Na sua aventura em descobrir os prazeres das cervejas e das comidas verdadeiras como diz no livro, Garret fez uma visita ao Espace Chimay. O famoso mestre-cervejeiro disse basicamente que o chef do restaurante do Auberge Poteaupré possui um talento culinário capaz de desafiar os melhores restaurantes de Paris. Não conheço Paris e, consequentemente nenhum restaurante por lá, mas a afirmação do Garret Oliver foi no mínimo intrigante para mim.

O menu degustação de queijos e cervejas que falei no post anterior (Chimay – Parte 1), já foi um abuso “etílico – gastronômico” de tão bom! Honestamente, eu mal podia esperar pela hora do jantar.
O meu pedido para o jantar foi o Menu Poteaupré, que é composto por: 

Home-made Cheese croquette - croquete de queijo Chimay

Vitoulet Poteaupré - que é um bolinho de carne coberto com fatias de bacon, recheado com queijo Chimay, coberto com um saboroso molho.

O cardápio já indicava a cerveja para harmonizar com a refeição, que no caso foi com Chimay Rouge.


E ainda tem a sobremesa: sorvete caseiro de limão e framboesa.


Tudo isso para proporcionar um sono bem tranquilo e o melhor, é só subir as escadas e você já esta no quarto. Aliás, o quarto é muito confortável e aconchegante. 
O frigobar é um caso a parte e os copos são duas lindas taças da Chimay. 



O café da manhã não está incluso na diária, mas depois das excelentes refeições que fiz por lá eu decidi por incluí-lo e foi a despedida perfeita do lugar. Trata-se de um banquete com todos os queijos Chimay, cereais, frutas, leite, manteiga, pães, geleias, café, chás, entre outros produtos, todos da comunidade local. 

O leite e a manteiga são das mesmas fazendas que fornecem a matéria-prima para produção dos queijos. E os pães são feitos com cereais da cervejaria. Tudo isso me faz pensar que o Espace Chimay é um lugar onde gula não é pecado ou se ainda for, com certeza você já sai de lá perdoado!




Encerrei minha estada em Chimay com uma visita a loja. Cervejas, queijos, copos, camisetas, livros, tábua e faca para o queijo, o carrossel de madeira para as cervejas, entre outros souvenirs clássicos, tudo você encontra lá. Uma pena que o espaço na bagagem é limitado e que existe limite no cartão de crédito, não é mesmo?!


Confesso que quando abri a porta do carro no estacionamento, rumo a Bruxelas, eu já estava com saudades. Pensei nas palavras do Garret Oliver sobre o Espace Chimay e eu não poderia concordar mais: 
For lovers of Chimay beers, there can be no better place to taste them.”*
*Para os amantes das cervejas Chimay, não há lugar melhor para degustá-las. 


Algumas curiosidades: 

Chimay se tornou a mais famosa e mundialmente distribuída das cervejas trapistas e, foi a primeira a utilizar esta nomenclatura - Trapista.

A Chimay Rouge recebeu o nome Premiére por ser considerada a primeira cerveja da cervejaria.

A Chimay Bleue Grande Reserve é a única com a data de fabricação no rótulo. Além disso, para acentuar aromas e sabores de frutas e especiarias, característicos da cerveja, recomenda-se sua guarda por alguns anos.

A Chimay Triple Cinq Cents recebeu este nome em homenagem a comemoração dos 500 anos da cidade de Chimay. Aliás, a Chimay Triple, que foi criada em 1966, se chamava Blanche (White). Porém em 1996, seu nome mudou para Triple. A razão da mudança foi para que não houvesse confusão quanto ao estilo da cerveja, pois na Bélgica, Blanche se refere as cervejas de trigo. 

***


Fernanda Meybom - Colaboradora do All Beers
Twitter: @femeybom
Instagram: femeybom
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...