06 abril, 2017

Paula Yunes - Coluna 03: Beer People na Cantillon


Me lembro que a primeira vez que vi uma garrafa da Cantillon pensei como pode uma cerveja ser tão distinta, fina, e ao mesmo tempo tão bucólica? Me lembro que ela estava em meio à garrafas da Fantôme, da Blaugies e Jandrain e eu imaginei todas em meio aos campos da Bélgica numa coisa bem artesanal real romântica...
Mas não. Diferentes das outras cervejarias citadas, a Cantillon está no meio da Bélgica, na sua capital, e capital europeia, a cosmopolita Bruxelas, com seus milhões de habitantes. Onde, além de suas duas línguas oficias que coabitam misturadas pelo dialeto “brusseleir”, andando pelas suas ruas ouvimos tantas outras.

No bairro de Anderlecht, encontramos essa cervejaria que estava sozinha nessa grande cidade, mas que hoje, já está acompanhada de outras. Porém nenhuma produtora de cervejas de fermentação espontânea. O que ela faz com maestria e acidez bem marcante há mais de cem anos!


Como uma classe de cervejas de personalidade ácida tão marcante sobreviveu ao longo de tanto tempo? Em 1978 a cervejaria se tornou também museu. A iniciativa se deu justamente com o intuito de propagar a sua peculiar forma de produção, mostrar-se ao mundo e reconquistar sua irretocável admiração. E dito e feito. Graças à abertura de suas portas ao público a cervejaria conseguiu se manter sólida mesmo na época mais difícil e hoje é um grande sucesso.
Todas as vezes que fomos lá, a Cantillon estava lotada e a visita é imperdível pra quem ama cerveja!

Venha ver como é a Cantillon e como funciona a visita:




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